sábado, 12 de dezembro de 2009

Anonimato

Talvez por ter sido criado em cidade pequena, com família grande e 'influente', eu sempre fui o filho do doutor este e da professora aquela, o irmão de tal e tal, o cunhado de não sei quem, sobrinho do outro lá, primo daquele ali. Era como se todo mundo no meu mundinho soubesse da minha existência; eu me sentia exposto.
É claro que todas as confusões na minha cabeça, e quanta confusão havia!, eu me acreditava vigiado só de receber um oi na rua. Durante um tempo que eu só queria ser invisível, eu não era popular, mas era conhecido.
O assunto vem de eu estar repensando esse blog nesses tempos. Estas publicações me fazem questionar a incoerência entre querer aproveitar a solidão do anonimato e a massagem no ego de ter alguém que lê essas bobagens todas aqui.