Recorde
Segunda passada, depois de um final de semana que havia começado muito gelado mas terminado muito agradável, eu estava comentando com um amigo daqui que parecia que Março já começava a nos trazer sinais da Primavera. Experiente e vacinado, ele riu, e me disse que esperasse.
Ainda no começo da semana a previsão do tempo já começou a dar sinais de que minha afirmação tinha sido uma grande bobagem, ou em um bom inglês, 'wishful thinking': o mundo caiu em neve neste final de semana. Aparentemente, estamos para quebrar o recorde de 1971, ano em que serve de referência para os mais velhos toda vez que alguém reclama sobre a neve: "mas em 71 foi muito pior".
No sábado, em um outro surto psicótico causado pelo meu tédio, achei que seria uma boa sair pra devolver os dois filmes que eu tinha assistido na sexta e para pegar mais três para assistir no resto do final de semana. Alheio às intempéries na proteção do meu porão, meu timing não poderia ter sido pior - o olho do furacão estava provavelmente passando aqui na avenida Van Horne quando eu botei o nariz pra fora. Era tanto vento, que eu tinha que andar curvado, e tanta neve, que era difícil abrir os olhos e não sentir as pedrinhas entrando e descongelando sobre as minhas córneas. E mesmo quando eu conseguia abrir os olhos, não era muito longe que eu conseguia ver. A neve não caía pacificamente ao som de 'Jingle Bells', como sói acreditar, era uma um turbilhão que vinha de todas as direções.
Relatos na imprensa: 20 a 30 cm de neve (algumas fontes citam 40), ventos de 100km/h, acidentes por causa da visibilidade nula, estradas que tiveram que ser fechadas, até ônibus deixaram-se abater pelo tempo.
Será que agora a Primavera consegue entrar de vez? Tenho minhas dúvidas. Mas pelo menos em 50 anos eu vou poder dizer para os meus netos, quando o assunto for a severidade hibernal, que o ano de 2008 foi o pior deles. Afinal, preciso de mais um pouco de 'wishful thinking' para tentar acreditar que outro inverno desses não vai acontecer tão cedo.
Ainda no começo da semana a previsão do tempo já começou a dar sinais de que minha afirmação tinha sido uma grande bobagem, ou em um bom inglês, 'wishful thinking': o mundo caiu em neve neste final de semana. Aparentemente, estamos para quebrar o recorde de 1971, ano em que serve de referência para os mais velhos toda vez que alguém reclama sobre a neve: "mas em 71 foi muito pior".
No sábado, em um outro surto psicótico causado pelo meu tédio, achei que seria uma boa sair pra devolver os dois filmes que eu tinha assistido na sexta e para pegar mais três para assistir no resto do final de semana. Alheio às intempéries na proteção do meu porão, meu timing não poderia ter sido pior - o olho do furacão estava provavelmente passando aqui na avenida Van Horne quando eu botei o nariz pra fora. Era tanto vento, que eu tinha que andar curvado, e tanta neve, que era difícil abrir os olhos e não sentir as pedrinhas entrando e descongelando sobre as minhas córneas. E mesmo quando eu conseguia abrir os olhos, não era muito longe que eu conseguia ver. A neve não caía pacificamente ao som de 'Jingle Bells', como sói acreditar, era uma um turbilhão que vinha de todas as direções.
Relatos na imprensa: 20 a 30 cm de neve (algumas fontes citam 40), ventos de 100km/h, acidentes por causa da visibilidade nula, estradas que tiveram que ser fechadas, até ônibus deixaram-se abater pelo tempo.
Será que agora a Primavera consegue entrar de vez? Tenho minhas dúvidas. Mas pelo menos em 50 anos eu vou poder dizer para os meus netos, quando o assunto for a severidade hibernal, que o ano de 2008 foi o pior deles. Afinal, preciso de mais um pouco de 'wishful thinking' para tentar acreditar que outro inverno desses não vai acontecer tão cedo.
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