quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

London, London

Direcionado pelo site da Alexandra um tempo atrás, fiz um teste online para descobrir a qual cidade européia eu pertenço, e o meu resultado foi Londres:
You Belong in London
You belong in London, but you belong in many cities... Hong Kong, San Francisco, Sidney. You fit in almost anywhere. And London is diverse and international enough to satisfy many of your tastes. From curry to Shakespeare, London (almost) has it all!
Quando comecei a fazer o teste (bem bobinho, por sinal), eu nem tinha a Inglaterra na cabeça. Por algum motivo as lições de geografia que restam na minha memória me fazem pensar na Europa não-continental como não-Europa. Mas acho que o resultado não está nem um pouco errado, seria para lá que eu iria se tivesse que escolher outro lugar para morar.
Eu passei por Londres rapidamente duas vezes enquanto estava trabalhando na França, e lá encontrei um amigo que me ciceroneou pela capital. É claro que os lugares turísticos clássicos foram visitados, pelo menos rapidamente, mas a parte mais interessante dos passeios, e provavelmente o motivo pelo qual eu gostei tanto de lá, foi a andança casual e os programas nativos.
Pegamos ônibus, metrô, taxi, andamos um monte à pé, fomos até os subúrbios, passamos pelo agito central dos bares e boates e pelo sossego dos parques distantes, e tudo me impressionou muito positivamente. Nunca pensei em ser tão bem tratado pelas pessoas, por desconhecidos aleatórios, por amigos deste meu amigo, todo mundo demonstrando uma agradabilidade e simpatia distantes das que nos fazem querer acreditar os que permeiam a propaganda da frieza dos ingleses. Neste aspecto, e que os separatistas daqui não me ouçam, as pessoas de Montréal me lembram muito mais os ingleses do que os franceses.
E a animação da cidade em pleno inverno também era contagiante: foi festa, música e álcool o final de semana inteiro, com algumas horas durante o dia para dormir e repor a energia para a próxima balada. No sábado, fomos em um aniversário em um bar das 8 da noite até umas 11 horas, de onde saímos para uma boate onde ficamos até as 5 da manhã, de onde saímos e fomos para uma outra boate que abre às 6 e só fecha ao meio dia, de onde saímos para tomar café no Starbuck's e depois sentar em um bar cheio para conversar mais um pouco e jogar sinuca.
E todos os lugares extremamente democráticos, nada de um só estilo de música ou tipo de frequentador, de tudo e todo mundo em toda parte. Nunca fui muito baladeiro, mas saber que existem tantas possibilidades, e que a qualquer hora tem sempre um lugar bombando, me cativou mais do que pensei que o meu aparente mau-humor deixaria transparecer.
Agora estou fazendo planos para talvez passar por lá no verão, quem sabe eu não fico mais impressionado ainda?

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