Recomeço
No filme Groundhog Day ('Feitiço do Tempo', em sua versão traduzida), Bill Murray faz o papel de um homem do tempo que fica preso em um dia que se repete indefinidamente. Tudo acontece da mesma maneira: a partir do momento em que ele acorda, a mesma seqüência de eventos passa a ocorrer, sem nenhum impacto nos idênticos dias que se seguirão: ele desperta com a mesma música no rádio, as mesmas pessoas o cumprimentam na rua, a mesma tempestade de neve corta a comunicação e acesso a outras cidades. Ele é o único que parece saber do que acontece, ninguém mais se enxerga preso na eterna repetição.
Em um episódio do seriado Star Trek: The Next Generation, a espaçonave é completamente destruída em uma explosão, mas a tripulação reinicia a mesma jornada, que sempre culmina no mesmo acidente. Neste caso, embora ninguém tenha consciência da situação, todos têm sensações de déjà vu, e passam a enviar mensagens sutis para a próxima repetição para que sejam decodificadas por eles próprios, na tentativa de escaparem do acidente.
Se alguém por aí já leu Also Sprach Zarathustra ('Assim Falou Zarathustra'), e passou da parte da ponte na quarta página, eu gostaria de saber mais sobre o eterno retorno do idêntico tratado por Nietzsche nesta obra.
Pensando nessas coisas todas, eu penso na vida, e esta é uma resolução que faltou na minha lista de 2008: não quero recomeçar nada, quero trazer toda a bagagem de coisas boas e ruins, e continuar tocando em frente. Não quero mais acreditar nas mesmas mentiras, nem cair na mesma lábia das mesmas pessoas que sempre reencarnam outros personagens, nem ficar preso na mesma rotina perversa ad infinitum.
Mas será que estamos pelo menos tentando nos enviar sinais para não cairmos no mesmo buraco amanhã em que caímos hoje? Será que nos damos conta de decodificar esses sinais? Será que conseguimos ver a cíclica repetição do que sempre nos faz mal? E o que fazemos para quebrar o ciclo? Ou será que não tomamos nenhuma providência e acabamos nos explodindo?
Ou será que estou pensando demais?
Em um episódio do seriado Star Trek: The Next Generation, a espaçonave é completamente destruída em uma explosão, mas a tripulação reinicia a mesma jornada, que sempre culmina no mesmo acidente. Neste caso, embora ninguém tenha consciência da situação, todos têm sensações de déjà vu, e passam a enviar mensagens sutis para a próxima repetição para que sejam decodificadas por eles próprios, na tentativa de escaparem do acidente.
Se alguém por aí já leu Also Sprach Zarathustra ('Assim Falou Zarathustra'), e passou da parte da ponte na quarta página, eu gostaria de saber mais sobre o eterno retorno do idêntico tratado por Nietzsche nesta obra.
Pensando nessas coisas todas, eu penso na vida, e esta é uma resolução que faltou na minha lista de 2008: não quero recomeçar nada, quero trazer toda a bagagem de coisas boas e ruins, e continuar tocando em frente. Não quero mais acreditar nas mesmas mentiras, nem cair na mesma lábia das mesmas pessoas que sempre reencarnam outros personagens, nem ficar preso na mesma rotina perversa ad infinitum.
Mas será que estamos pelo menos tentando nos enviar sinais para não cairmos no mesmo buraco amanhã em que caímos hoje? Será que nos damos conta de decodificar esses sinais? Será que conseguimos ver a cíclica repetição do que sempre nos faz mal? E o que fazemos para quebrar o ciclo? Ou será que não tomamos nenhuma providência e acabamos nos explodindo?
Ou será que estou pensando demais?
3 comentários:
Ola Danilo,
Obrigada pela visita la no meu cantinho. Adorei os textos e aventuras. principalmente esta de pegar ônibus, avião e muito mais para chegar no Brasil. Tb moro em Montreal....
Grande bj para ti.
Fabricia.
Boa tarde Danilo,
Eu Sou Wellington Bendito. Tenho 28 anos. Sou estudante de Farmácia. Sou um dos tantos existentes com sonho de imigrar para o Canadá, Québec, mais explicitamente à Montréal. Gostaria muito de poder trocar idéias com Você. Não tenho ainda blogs, destes de imigração, mas será construído no futuro. Sou fã de Marisa Monte e Clarice Lispector. Adoro nossa Música. Quando migrar sentirei falta dela, mesmo com todos os recurso de nossa modernidade, digo internet e mp3! Meu e-mail é carbonoquiral@gmail.com por favor me manda notícias. Já lhe postei algo anteriormente, prefiro acreditar que você não viu assim tenho esperança de trocar idéias com você - é que eu adorei o jeito que você leva o seu blog!
Grato
Wellington Benedito
brilhante esse seu comentário...
quando leio esse texto me vem de novo aquilo que já te disse uma vez... você deveria ser escritor...
vc consegue colocar reflexões importante em palavras que por vezes nos fazem tanta falta...
beijos enormes...
Postar um comentário