Verão indígena
Diz a lenda local que no começo do outono, depois de dias escuros a baixas temperaturas, com os casacos já retirados do fundo do guarda-roupa, quando as pessoas já perderam a esperança e já começaram a estocar comida para o inverno, um súbito e intrigante sobressalto estival se faz presente quando ninguém mais espera, retirando suspiros de alívio dos friorentos, como se a natureza nos quisesse presentear com uma última injeção de energia antes do longo inverno.
E o povo aproveita, como se ainda fosse verão, tempo calmo, vento leve, ar seco, e faz planos para o final de semana, e vai trabalhar de camiseta, e esquece as últimas semanas geladas, como se tivessem sido elas os pontos fora da curva, os pássaros se alvoroçam, os poetas cantam, as ruas e bares enchem.
Este curto período é conhecido como verão índigena (été indien, ou été de la Saint Martin na Europa), e suas explicações meteorológicas me importam menos do que a história popular, assim como as definições muito restritas. Acredita-se que a expressão tenha nascido do fato que os índios da América do Norte sabiam aproveitar este período, esperando até o último minuto, para fazer suas reservas para o inverno.
Parte do que se conta é que muitas pessoas só se dão conta do fenômeno depois que ele acaba, marcado pela primeira geada do outono, ou mais gravemente, a primeira neve. Muito parecido com a nossa vida, inclusive.
Abaixo, algumas fotos despretensiosas do também despretensioso Parque Mahatma Gandhi, bem em frente de casa, neste final de semana de tempo excepcionalmente bom.
E o povo aproveita, como se ainda fosse verão, tempo calmo, vento leve, ar seco, e faz planos para o final de semana, e vai trabalhar de camiseta, e esquece as últimas semanas geladas, como se tivessem sido elas os pontos fora da curva, os pássaros se alvoroçam, os poetas cantam, as ruas e bares enchem.
Este curto período é conhecido como verão índigena (été indien, ou été de la Saint Martin na Europa), e suas explicações meteorológicas me importam menos do que a história popular, assim como as definições muito restritas. Acredita-se que a expressão tenha nascido do fato que os índios da América do Norte sabiam aproveitar este período, esperando até o último minuto, para fazer suas reservas para o inverno.
Parte do que se conta é que muitas pessoas só se dão conta do fenômeno depois que ele acaba, marcado pela primeira geada do outono, ou mais gravemente, a primeira neve. Muito parecido com a nossa vida, inclusive.
Abaixo, algumas fotos despretensiosas do também despretensioso Parque Mahatma Gandhi, bem em frente de casa, neste final de semana de tempo excepcionalmente bom.
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