São João
Sábado à noite, véspera do Dia de São João, feriado mais importante do Québec, as festas já haviam começado, e as ruas e parques foram tomadas por beberrões pintados de azul carregando bandeiras enormes, e crianças com tatuagens da flor-de-lis no rosto, e mães carregando recém-nascidos com bonezinhos com a bandeira do Québec, molecada fumando maconha, e velhinhos e velhinhas de mãos dadas bebendo aos soprinhos vinho e champagne em copinhos de plástico, e um ou outro brasileiro tonto perdido na multidão, tentando entender um pouco mais do patriotismo que faz esse povo todo tão unido, e mais especialmente neste específico dia.
No sábado à noite fui para Repentigny, uma cidade aqui perto, no show dos Cowboys Fringrants, um grupo local bem conhecido, e o domingo eu passei no parque Maisonneuve, onde ia ser a festa de verdade. Gente aos montes, o dia inteiro, comendo porcaria, dançando ao som de grupos ao vivo tocando música local, bebendo muita cerveja, e aproveitando o sol. À noite, os discursos políticos, as músicas tradicionais, as homenagens, e as bandeiras azuis, onipresentes, de todos os tamanhos, num mar a perder de vista para qualquer lado para que se olhasse.
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