Degelo na educação
Ontem, no curto caminho entre trabalho e faculdade, sem querer acabei caindo no meio de uma manifestação de estudantes pós-secundários protestando contra os planos do primeiro-ministro reeleito de aumentar as taxas de escolaridade, com a leniência do chefe da oposição. Essas taxas estão congeladas desde 1994.
Atrás de um carro de som, estudantes com cartazes e faixas interditavam o trânsito do centro da cidade na hora do rush, com o lógico argumento de que a educação é um direito, e não um privilégio, o que deveria garantir a sua gratuidade. Guiados por carros de polícia para garantir a segurança, a manifestação ia se movimentando lenta e pacificamente pelas ruas sob os olhos e ouvidos atentos dos transeuntes.
Eu já disse aqui que se eu fosse o ditador de algum país, eu ia preferir que as pessoas tivessem o máximo de educação que elas quisessem. E que não concordo com o estado sendo gerido como uma empresa, atento na conta de dólares entrando menos dólares saindo.
Mas minhas inclinações para a direita me fazer pensar que se o dinheiro é finito e as escolhas são muitas, todos temos um pequeno preço a pagar. A educação aqui já é altamente subsidiada. Existem muitas bolsas de estudos para quem não pode pagar, e uma parcela grande das pessoas paga os estudos depois de começar a trabalhar, através de empréstimos a juros baixos e com pagamentos a perder de vista. O direito democrático manifestação nunca deve ser tolhido, mas será que esse pessoal não está reclamando demais?
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