domingo, 17 de dezembro de 2006

'Caisse libre-service'

No supermercado: caixa de livre serviço, ou seja, o consumidor passa os produtos na leitora, escolhe o meio de pagamento, insere o dinheiro e pega o troco, ou passa o cartão e digita a senha, pega o recibo, e vai embora. Nenhum funcionário olhando pra verificar se o consumidor está realmente pagando pelo que está levando.
Não preciso ser um guru para desconfiar os motivos pelos quais tal 'avanço' ainda está um pouco longe do Brasil. Mas está perto do Canadá por outros motivos além da honestidade um pouco mais enraizada nas pessoas que moram aqui!
Pra começar, os altos salários e encargos sociais que até um caixa de supermercado receberia, o que faz com que até valha a pena perder um pouco de dinheiro com um consumidor 'desatento' que deixa de pagar por algum item.
Outra razão é a força dos sindicatos trabalhistas aqui, que com o seu poder político ajudaram a criar regras para humanizar um pouco mais o trabalho, e tentar ainda assim criar mais vagas. É uma balança difícil de ser equilibrada. Uma loja, por exemplo, só pode ter um número máximo de trabalhadores no período da noite, pois emprego decente é aquele do qual se chega em casa cedo. Ou seja, o empregador não pode contratar mais gente para trabalhar em alguns horários nem que ele queira. O que torna a parafernalha necessária ao 'serviço livre' ainda mais interessante.

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